Sydney - Os atletas que disputarão a Olimpíada de Sydney contarão com um serviço de assistência jurídica durante os Jogos caso tenham qualquer problema com a Justiça australiana. O trabalho estará sob a responsabilidade da Associação de Advogados de Nova Gales do Sul.
“É a primeira vez que uma Olimpíada terá esse tipo de serviço”, afirma o diretor de Relações Públicas da entidade, Chris Winslow.
Segundo ele, 67 advogados estarão à disposição dos atletas que enfrentarem qualquer problema jurídico em solo australiano. “Nossa prioridade será atender as delegações dos países mais pobres, que não tem condições de contar com um advogado caso tenham um atleta preso ou, por qualquer outro motivo necessitem da orientação de um profissional”, explica.
“Os países mais ricos normalmente têm boas condições financeiras para contratar advogados.” Winslow explica que os atletas também poderão contar com o serviço de assistência também em casos de acusação de doping. “A idéia é providenciar uma defesa em qualquer tipo de caso”, diz. O diretor explica que as chefias de missão de todos os países foram orientadas para entrar em contato com a associação caso precisem de um advogado.
Segundo ele, cabe aos comitês olímpicos a orientação dos atletas para que não cometam nenhuma infração em solo australiano. Os atletas estão sujeitos a uma série de problemas que vão desde a fiscalização alfandegária, que é rigorosa especialmente no que diz respeito a comida, a leis de comportamento que prevêem, por exemplo, a proibição de ingestão de bebidas alcoólicas nas vias públicas.
Casos de problemas jurídicos durante uma Olimpíada não são raros. Em Seul, o velocista canadense Ben Johnson acabou perdendo a medalha de ouro dos 100 metros por ter corrido dopado. Em Atlanta, foram registrados casos de prisão de atletas que exageraram nas comemorações e se envolveram em brigas. Se isso acontecer em Sydney, o atleta terá apoio de advogados australianos.
Agência Estado