São Paulo – Os primeiros metros do Grande Prêmio da Itália nestes domingo serão decisivos para o Campeonato Mundial de pilotos. Equipes e pilotos temem que o novo “s”, logo ao fim da reta dos boxes, seja um ponto de muitos acidentes. Seis pontos atrás de Mika Hakkinen (McLaren), Michael Schumacher (Ferrari) não deixar que os acidentes das corridas na Áustria e Alemanha – quando bateu e abandonou na primeira curva – se repitam de forma alguma.
Com 5.783 metros de retas muitos longas, freadas fortes e curvas que exigem boa estabilidade, o circuito de Monza proporciona velocidades de quase 350 km/h. O acerto aerodinâmico é muito importante, pois a saída das curvas, principalmente a Parabolica - última – é decisiva no desempenho em retas. Em 1999, Heinz-Harald Frentzen (Jordan) foi o vencedor, com Ralf Schumacher (Williams) em segundo. O alemão vencedor completou as 53 voltas (306,234 quilômetros) em 1h17'02"923. Mika Salo, que substituia Schumacher na Ferrari, enquanto o alemão se recuperava de um acidente na Inglaterra, foi o terceiro. Hakkinen liderava quando teve problemas com seu McLaren e abandonou. Em das cenas mais marcantes da temporada, o finlandês sentou-se à beira da pista e chorou, sem saber que o infortúnio não lhe tiratia o título.
O Terra Esportes acompanha todo o fim-de-semana de velocidade com as últimas notícias e transmissões ao vivo do último treino livre da sexta-feira, às 8h, treino de classificação do sábado, também às 8h, e da corrida, às 9h do domingo (todos horários de Brasília). O italiano Giancarlo Fisichella faz as honras da casa e apresenta o circuito com a nova Primeira Variante. Acompanhe a descrição de uma volta com o piloto da Benetton:
“Depois de cruzar a linha de chegada a cerca de 320 km/h, acelero ainda mais até a primeira curva, chegando perto de 350 km/h, antes de frear forte para o novo e bem estreito “s”. A desaceleração é de 3,5g (3,5 vezes a aceleração da gravidade) e fico com o pé no freio por mais de 180 metros antes de fazer a tomada a menos de 70 km/h. Mantenho o carro em primeira marcha para a segunda parte do “s” e acelero para a Cruva Grande, chegando no segundo “s” a cerca de 330 km/h.
Os freios são novamente muito exigidos, com uma força superior a 4g. Reduzo para segunda marcha, a 95 km/h na primeira parte do “s”. Logo depois vem uma cura reta, onde coloco quarta marcha e chego a 260 km/h. Vem então a primeira Curva di Lesmo, feita a 165 km/h, em terceira marcha. Acelero até quase 260 km/h, em quarta marcha e vem a segunda Curva di Lesmo, feita a cerca de 150km/h, em terceira marcha.
Mais uma longa reta leva à variante Ascari. Nela, atinjo 335 km/h em sexta marcha antes de reduzir para o “s”. A primeira parte é feita a 140 km/h e a segunda, a 180 km/h. A última reta dá acesso à Parabolica, chego a 340 km/h logo antes da grande curva. Nela, a velocidade mínima é de 160 km/h. Uma boa saída é fundamental para te impulsionar o máximo possível na reta dos boxes.”