Sydney - O australiano é um aficcionado do triatlo. São 10 mil federados, sendo mil competindo e com mais força para as mulheres. Foi mesmo pela pressão do país que o triatlo foi admitido como esporte olímpico. Para dois dias de competição - a prova feminina no sábado, dia 17, e a masculina no domingo, dia 18 - na área ao lado da Opera House, Eddie Moore, diretor do triatlo, vem trabalhando há seis anos.
"São esperados 120 mil espectadores. Como apoio, teremos 1.800 pessoas trabalhando. Além do staff do evento, serão 320 em campo, ao lado dos atletas. Outras 400 da segurança. Mais 380 observando o público. E 40 médicos. Dezessete salva-vidas e seis mergulhadores com o espanta-tubarão."
Moore participou da demonstração do shark pod, o "espanta-tubarão" - operação preventiva de ataques de tubarão na baía de Sydney. Mas, pelas estatísticas, a possibilidade de os atletas do triatlo ou da vela terem problemas durante a Olimpíada é praticamente nula. Um estudo de junho de 99 sobre as chances de ataques de tubarão no período, feito por John Paxton e John West, deixou o Comitê Organizador da Olimpíada de Sydney tranqüilo.
Os mergulhares com os shark pods, um repelente eletrônico para sete metros de distância, são mais precaução. Pelas pesquisas, nos dez últimos anos não houve problemas na área da Sydney Harbour Bridge, em Darling Harbour, no Pier 1 e na Farm Cove. E nunca houve nada com tubarões.
O dispositivo, inventado na África do Sul pelo Natal Sharks Board, está sendo usado pelo Exército Australiano - são 45 unidades - e variações dele estão nas mãos de 300 mergulhadores que trabalham com o público, com uma forte tendência para aumentar vendas.
Agência Estado