Sydney – Vestindo o uniforme da Olympikus, patrocinadora oficial do Comitê Olímpico Brasileiro e uma das pivôs da crise que quase o afasta dos Jogos, o tenista Gustavo Kuerten, o Guga, desembarcou em Sydney neste sábado (manhã de domingo na Austrália).
Usando um rabo de cavalo, com a pele bronzeada e com o sorriso estampado no rosto, chegou no dia de seu aniversário, acompanhado da delegação brasileira de tênis, para realizar um sonho.
``Estou em Sydney de verde e amarelo e na melhor fase da minha carreira'', disse Guga enquanto era massacrado por um cerco de dezenas de fotógrafos e jornalistas no saguão do Aeroporto Internacional.
O brasileiro disse ainda que seus principais rivais na briga pelo ouro serão o russo Marat Safin, finalista do US Open, e o australiano Lleyton Hewitt, que caiu na semifinal do torneio americano. "Mas antes tenho que me preocupar com os adversário das primeira e segunda rodadas", afirmou Guga, em entrevista à Sportv.
Sobre a polêmica dos uniformes com o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) envolvendo seus patrocinadores, Guga disse que os dois lados lidaram bem com a questão e que todos saíram ganhando.
``Para mim foi um presente, era tudo que eu queria. Acho que o que eu faço menos mal é jogar, e agora estou aqui para incomodar os outros.''
Segundo o tenista, todo o desgaste provocado pela polêmica não o abalou.
``Estou tranqüilo. Vejo o clima das Olimpíadas e muda tudo. O presidente Carlos (Arthur Nuzman, presidente do COB) me recebeu no aeroporto e falou palavras de conforto. Um conforto tão grande como se eu o tivesse recebido da massa. Agora eu sou mais um'', disse ele, que em seguida recebeu um beijo no rosto e um abraço apertado de seu técnico Larri Passos, subiu no ônibus e saiu rumo à Vila Olímpica, e quem sabe à uma das medalhas de ouro para o Brasil nesta Olimpíada.
Reuters/Redação Terra