São Paulo - A apresentação do novo reforço do Corinthians, o ex-jogador do Palmeiras, Rogério, nesta segunda-feira à tarde no Parque São jorge, não serviu para aliviar a tensão no clube por causa da má campanha da equipe no campeonato na Copa João Havelange. Diante dessa situação, o diretor de futebol do alvinegro, Carlos Nujud revelou nesta segunda-feira que na semana passada sofreu por telefone, várias ameaças de morte.
O dirigente prestou queixa à polícia e até entregou uma fita com a gravação dos telefonemas para as autoridades, no sentido de ajudar na investigação. O promotor de justiça, Fernando Capez, que há cinco anos luta pela extinção das torcidas uniformizadas nos estádios, já tomou conhecimento do caso e pretende também ajudar a polícia.
Nujud presume que essas ameaças extensivas também para sua família, tenham partido de integrantes da facção Gaviões da Fiel que pede a sua renúncia do cargo no Corinthians. " Se alguma coisa acontecer comigo ou com minha família, os líderes dessa torcida serão responsabilizados" disse o dirigente. Em seguida garantiu também que não pretende pedir demissão e vai processar quem lhe acusar de desonesto.
Diante desse clima o Corinthians faz um jogo decisivo contra o Nacional nesta quarta-feira, em Montevidéu, pela Copa Mercosul. Sem ganhar nenhum ponto até agora, (perdeu as três partidas) o alvinegro depende de quase um milagre para tentar a classificação. Novamente, o time não terá Marcelinho Carioca e Luizão que continuam machucados. " Mas eu tenho de preparar a equipe com a hipótese de classificação", disse o técnico Oswaldo Alvarez.
Rogério, há dois meses sem jogar, só deverá fazer sua estréia no Corinthians dentro de sete a dez dias. O ex-palmeirense confirmou que pretende mudar de posição no Corinthians: "Não serei mais volante, e sim, lateral direito. Nessa nova posição quero voltar à seleção brasileira". A diretoria do Corinthians confirmou nesta segunda-feira que está estudando a possibilidade de mandar seus jogos no interior. Uma das cidades preferidas é Ribeirão Preto. " Não queremos fugir da pressão da torcida" disse Nujud, acrescentando que " será uma tentativa para melhorar as rendas".