Rio - O técnico da equipe olímpica australiana de
futebol, Raul Blanco, não esconde a ansiedade pela estréia de sua seleção no
torneio de futebol dos Jogos de Sydney, contra a Itália, na madrugada desta
quarta-feira. O argentino acredita que este será o maior momento de sua
carreira como técnico e confia que os australianos têm todas as condições de
fazer uma boa campanha na competição.
Todos os ingressos para a partida no Melbourne Cricket Ground estão vendidos
e o público promete apoiar bastante os donos da casa. Isso, associado à
oportundade de jogar uma Olimpíada motivam ainda mais Blanco.
"Estou pronto para isso e os jogadores também estão. Este é o maior
acontecimento da minha vida como técnico e também o é para os jogadores.
Eles não deixarão o nome do país cair. Eles tem os nervos no lugar para
realizar essa tarefa e alcançar seus objetivos", afirmou.
A equipe australiana tem nove jogadores que atuam fora do país e entre os
principais destaques estão Hayden Foxe, zagueiro do West Ham United, e o
atacante Mark Viduka, do Leeds United, ambos da Inglaterra. Além deles,
Blanco deverá contar com a revelação Vince Grella, meia que atua no Ternana,
clube da Série C italiana.
O técnico da seleção da Itália, Marco Tardelli, admitiu que o estádio lotado
(são esperadas 92.000 pessoas) é uma preocupação para a partida e não
considera o empate um resultado tão ruim. Mesmo contando com jogadores
experientes e mais famosos - apesar da pouca idade - como o goleiro
Christian Abbiati, do Milan, e o meia Gianluca Zambrotta, da Juventus,
Tardelli não considera sua equipe favorita.
"Será um jogo muito difícil e nós precisaremos observar de perto o Mark
Viduka. Ele é um jogador muito perigoso e não podemos dar nenhuma chance a
ele", explicou o italiano.
Outras três partidas abrem o torneio masculino de futebol na madugada desta
quarta-feira. Os estreantes de Honduras enfrentam os nigerianos, atuais
campeões olímpicos, em Adelaide. Camarões jogam contra o Kuwait, em
Brisbane, enquanto os Estados Unidos pegam a República Tcheca em Canberra.
Com uma equipe forte em Atlanta'96, quando derrotou Brasil e Argentina, a
Nigéria não é considerada favorita à medalha de ouro nem entre os próprios
dirigentes de seu país. Olayinka Olagbemiro, executivo da Federação
Nigeriana de Futebol, acha pequena as chances da seleção"
"Não temos muitas chances porque a nossa preparação foi precária. Não há
como comparar com preparação para os Jogos de Atlanta."