Rio - O departamento jurídico do Avaí vai batalhar nos próximos dias para impedir que a equipe perca o mando de campo de algumas
partidas da Copa JH. Após quase ter sido agredido, ter assistido a uma chuva de objetos vinda da arquibancada e a uma invasão de campo,
ninguém sabe o que o árbitro Paulo César Oliveira vai escrever na súmula do
jogo em que Avaí e Figueirense empataram em 1 a 1 no domingo passado, no
Estádio Aderbal Ramos, em Florianópolis.
Dependendo do que Paulo César escrever na súmula, o clube catarinense poderá
ser incluído nos artigos 297 e 300 do Código Brasileiro de Disciplina do
Futebol (CBDF) e perder o mando de campo por até cinco partidas. Para evitar
que isso aconteça, os advogados do Avaí vão usar o artigo 21 do regulamento
da Copa João Havelange para responsabilizar a Federação Catarinense de
Futebol (FCF) pelos incidentes.
"Não vejo a mínima possibilidade do Avaí perder o mando de campo", disse
Flávio Félix, presidente do clube de Santa Catarina.
Apenas pela tentativa de agressão ao árbitro, o Avaí já poderia ser punido
com a perda do mando de campo. Mas esta possibilidade parece distante para o
advogado Marcílio Krieger, que defende os interesses do Avaí.
"Acho muito difícil o árbitro conseguir provar que houve tentativa de
agressão", disse Marcílio, lembrando que o regulamento da Copa JH não faz qualquer referência a objetos lançados no gramado e invasão de campo.
O julgamento sobre o caso ainda não tem data para ser realizado.