Sydney - Apesar de contar com um dos maiores atacantes do mundo, Marcos Milinkovic, a seleção argentina masculina de voleibol sabe de suas limitações e embora não desista da luta pelas medalhas, suas aspirações se limitam a ficar entre as oito primeiras.
Encaixados no "grupo da morte", como definiu o preparador físico da equipe argentina, Omar Grasso, o grupo B dos Jogos Olímpicos de Sydney, intimamente os argentinos sonham em repetir a façanha que assombrou o mundo em Seul-88, quando chegaram ao bronze.
"Estamos no grupo da morte, por isso se não conseguirmos nosso objetivo de ficar entre os oito melhores, não poderemos dizer que nossa participação foi um fracasso, embora sem dúvida não ficaremos felizes", assinalou Grasso à AFP na Vila Olímpica de Sydney.
A cautela do preparador é uma clara mostra de que a tarefa não será simples para a Argentina, uma das poucas seleções já instaladas há alguns dias na vila reservada aos atletas.
Os alvicelestes terão, desde o início do torneio, que começará domingo, de utilizar suas melhores armas, pois lhes couberam adversários claramente superiores, como Itália, Iugoslávia e Rússia, além de Estados Unidos e Coréia do Sul.
Domingo, no Centro de Espetáculos de Sydney, em Darling Harbour, situado no centro da cidade, a Argentina estreará contra os Estados Unidos e do resultado desse jogo dependerá em parte seu futuro.
Norte-americanos e argentinos sofrem o mesmo problema: a irregularidade.
As duas equipes podem ter momentos em que são capazes de derrubar qualquer gigante - como aconteceu na última Liga Mundial, quando a Argentina se impôs em casa à Itália, que terminou sendo campeã do torneio -, mas também podem mostrar sua outra face, a que as leva a parder para adversários inexpressivos.
Depois dos Estados Unidos, a Argentina enfrentará a Coréia do Sul (terça 19), Itália (quinta21), Iugoslávia (sábado 23) e Rússia (segunda 25).
De suas próprias forças, depende se fecha sua participação nos Jogos de Sydney contra os russos ou se, ao contrário, alcança o objetivo primário de chegar às quartas-de-final, embarcando para uma façanha semelhante à de Seul.