CAPA ESPORTES
  CAPA SYDNEY
  ÚLTIMAS NOTÍCIAS
  RESULTADOS
  QUADRO DE MEDALHAS
  HISTÓRIA
  BRASILEIROS
  CALENDÁRIO
  MODALIDADES
  SEDES
  MEDALHAS
  GUIA SYDNEY
 

.






















NOTÍCIAS
 
Mulheres comemoram um século de conquistas nos Jogos
Quarta-feira, 13 Setembro de 2000, 08h34

Sydney - Há um século, em Paris, 18 mulheres participaram pela primeira vez dos Jogos Olímpicos. Em Sydney, cem anos depois, a perseverança do 'sexo frágil' se vê recompensada com uma participação quase igualitária entre os dois sexos na maioria das categorias.

Se há quatro anos em Atlanta, 36% dos participantes foram mulheres, nos Jogos Olímpicos australianos elas chegam a 10.300 atletas. A promessa é de que seja confirmada mais uma vez a máxima: quanto mais mulheres, melhor seu desempenho.

Entre suas mais recentes conquistas figuram a inclusão nas competições de halterofilismo e de pólo aquático femininos e a admissão das modalidades olímpicas do triatlo e do taewkondo para ambos os sexos.

As mulheres têm hoje direitos inimagináveis na Grécia Antiga, onde nos primeiros Jogos Olímpicos elas não podiam sequer assistir às competições, sob pena de levar chibatadas em público. A participação também era proibida às mulheres nos primeiros Jogos da era moderna, em 1896.

"Em Cuba, temos um sistema esportivo privilegiado: os homens e as mulheres são tratadas igualmente. Quando saio para o exterior ainda tenho que ouvir que sou muito magra para carregar um rifle de seis quilos, mas são pessoas que não conhecem o esporte", disse esta quarta-feira à AFP a atiradora cubana Eunice Caballero, de 27 anos.

Em 1900, em Paris, atletas femininas do tênis e do golfe invadiram o Olimpo dos homens e a inglesa Charlotte Cooper e a norte-americana Margaret Abott foram as primeiras campeãs olímpicas de tênis e golfe, respectivamente, mas não receberam medalhas. As mulheres tiveram que esperar até 1912 para subir ao pódio como o restante dos atletas.

"Na América Latina, ainda é difícil viver do esporte. Na Venezuela por exemplo as modalidades mais importantes, o beisebol e o boxe, são masculinas. Persiste uma pequena discriminação nas competições internacionais, onde os prêmios para as mulheres são menores", explicam Luisana Pérez e Fabiola Ramos, jogadoras venezuelanas de tênis de mesa.

Apesar de tudo, as mulheres têm razões para celebrar um século de Olimpíadas, já que conquistaram rapidamente uma grande parte do terreno esportivo que lhes correspondia sem pretender competir absurdamente com os homens em força ou resistência.

"Quando me dizem que tenho um corpo de homem, prefiro dizer que possuo um físico de atleta", diz Michele Timms, jogadora australiana de basquete de 35 anos, que se prepara para disputar seus últimos Jogos Olímpicos, depois de participar dos de 1988 e 1996 e conseguir a medalha de bronze na última edição.

Se para esta australiana "viver significa jogar basquete", o mesmo acontece com as norte-americanas Lisa Leslie e Sheryl Swoopes, que souberam ainda por cima tirar partido de sua condição feminina e de seus corpos espetaculares para fazer publicidade, posar para a Vogue ou desfilar vestidas de Armani. "Adoro o que faço e dou o máximo de mim", disse Swoopes esta quarta-feira, lembrando que já jogou mano a mano contra Michael Jordan.

Há séculos, uma grega chamada Ferenice entrou disfarçada de homem para ver seu filho Diágoras lutar na Olimpíada. Sua ousadia não foi castigada com a morte como estava previsto, mas isso obrigou os organizadores a exigir que espectadores e atletas participassem das provas nus.

Atualmente, o que ainda falta às mulheres é conquistar vagas entre os dirigentes esportivos e entrar nos últimos redutos exclusivamente masculinos como a luta greco-romana e o boxe.



Copyright© 1996 - 2000 TERRA. Todos os direitos reservados. All rights reserved.
Aviso Legal

SHOPPING


VEJA AINDA

Histórias Inusitadas