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Super mulher ganha dublê no revezamento
Quarta-feira, 13 Setembro de 2000, 21h23

Sydney - Marion Jones, que tem tudo para confirmar a condição de superestrela entre as mulheres nos Jogos Olímpicos de Sydney, exatamente quando a participação feminina completa 100 anos, foi o nome mais citado em uma coletiva com os técnicos norte-americanos. A maior parte das perguntas foi para Karen Dennis, a técnica-chefe da equipe feminina dos Estados Unidos, que apenas confirmou a determinação de Marion em fazer história - a atleta vai correr e saltar por cinco medalhas, todas de ouro.

Uma determinação que terá a ajuda do Comitê Olímpico dos Estados Unidos e dos chefes do atletismo que darão a estrela um tratamento diferenciado e até uma dublê para os revezamentos. Além da autorização para ficar fora da Vila Olímpica - vai ficar junto com o marido CJ Hunter que a acompanhou na viagem para a Austrália - Marion será poupada de integrar as equipes dos revezamentos 4x100 m e 4x400 m nas etapas de classificação.

A atleta vai ter uma dublê nas eliminatórias das duas provas, com vaga assegurada quando a equipe alinhar para a disputa da medalha de ouro. O pódio nessas provas e mais três medalhas de ouro individuais - nos 100 m, nos 200 m e no salto em distância (prova que terá a brasileira Maurren Higa Maggi) - é o sonho de Marion, que vai completar 25 anos em outubro, como fez o seu ídolo, o corredor Carl Lewis, nas mesmas provas que ela vai competir, em Los Angeles, em 1984. "Admiramos muito a Marion porque sabemos que ela tratará de conseguir cinco medalhas de ouro, é uma mulher muito determinada, empenhada em sua causa", definiu a assistente-técnica da equipe norte-americana, LaVerne Sweat. "Isso é típico de um campeão, quando se propõe a fazer algo simplesmente faz", acrescentou a técnica Karen Dennis.

A preocupação com o fato de a ambição de Marion trazer algum prejuízo para os Estados Unidos é que está levando os treinadores a definir por um dublê nas eleminatórias. Uma contusão prejudicaria não só a atleta como a posição dos Estados Unidos no quadro de medalhas. "Marion vai ter de distribuir bem as energias, exatamente por isso vamos poupá-la só para a final do revezamento", explicou Karen. Marion precisará mesmo de uma dublê para suportar e fazer o que se propõe. E mesmo assim entrará na pista oito vezes em seis dias para correr 1.400 metros, isso para falar só nas provas de pista, além do salto em distância. As finais do revezamento 4x100 m e 4x400 m serão no dia 30, com um intervalo de duas horas entre as provas. Antes disso, Marion fará eliminatórias dos 100 m no dia 22, semifinal e final no dia 23; classificatória dos 200 m no dia 27, semifinal e final no dia 28. O salto em distância vai começar no dia 27, quando Marion também fará a seletiva dos 200 m, com final no dia 29.

A agenda estafante, em uma temporada em que a atleta fez várias competições na Europa, só pode ser considerada viável pelo sólido currículo de Marion. Lidera o ranking mundial das duas provas de velocidade (os 100 e 200 m) nos últimos dois anos. Marion "nasceu" atleta, , em Los Angeles, Califórnia. Integrou a seleção de basquete dos Estados Unidos no Mundial Universitário, em 1996, antes de dedicar-se ao atletismo. Treinada por Trevor Graham é bicampeã mundial nos 100 m.

O técnico John Chaplin, da equipe masculina dos Estados Unidos, insinuou que a construção do Estádio Olímpico de Sydney não considerou as constantes mudanças de direção dos ventos. "Me parece que os estádio estão bem preparados para o futebol, mas nem tanto para o atletismo", afirmou. "Mas se os ventos vêm na nossa cara o que vamos fazer?", ironizou. "Os atletas sabem lidar com isso, vão se aquecer bem.”

Agência Estado

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