[São Paulo] - Os jogadores de vôlei Carlão e Negrão, campeões olímpicos em Barcelona, apostam numa medalha brasileira em Sydney. "Nosso time é muito bom e precisa acreditar nisso", diz Carlão, do Vasco. Além da emoção de ver a equipe no alto do pódio, os atletas sabem que a medalha mudará o destino do esporte, que viveu sua época áurea em 1992.
Os contratos foram supervalorizados. Giovane chegou a receber R$ 500 mil por temporada, o maior salário do mercado masculino. Hoje, Max (Vasco), Giba (Minas) e Kid (Unisul) são os mais bem pagos: R$ 450 mil. "Se eles ganharem, ganha todo mundo", afirma Negrão, símbolo da conquista de Barcelona, jogador do Report/Suzano. O último ponto da final com a Holanda foi marcado por ele com um ace. O placar foi de 3 a 0.
Mais do que aumentar o valor do contrato do primeiro time, outros atletas poderão ganhar bons salários. A nova equipe masculina de Brasília, a Uneb, por exemplo, tem R$ 2 mil de teto na folha de pagamento. Esse fenômeno faz até os argentinos torcerem pelos brasileiros. É o caso de Milinkovic, que sabe que seu país não tem condições de medalha e "torce para os amigos", porque quer voltar a atuar no Brasil. Ele defendeu Maringá, Chapecó, São Caetano e Olympikus e hoje está no Asystel/Milão, recebendo US$ 180 mil, livres de impostos.