Sydney - As competições de boxe que começaram neste sábado estão sendo consideradas uma prova de fogo. Caso haja outro escândalo por má arbitragem, essa será a última vez que a modalidade estará presente em uma Olimpíada, segundo um acordo antecipado com a Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba).
Para que isso não venha a acontecer, a Aiba anunciou que pagará o dobro do valor de todo e qualquer suborno oferecido aos árbitros, desde que sejam informados, e agirá com maior vigor para eliminar os corruptos.
Os escândalos da Olimpíada de Seul, onde várias decisões polêmicas foram tomadas e na Copa Val Barker que deu a medalha de prata ao americano Roy Jones, fizeram com que os resultados passassem a ser digitalizados, como medida preventiva.
Mas, o computador não trouxe limpeza, nem transparência nas decisões, fazendo com que as divergências voltassem a acontecer no Mundial de Budapeste e no Mundial Juvenil de Buenos Aires.
O problema se agravou quando Cuba foi visivelmente prejudicada no Mundial de Houston, em 1999, e se retirou da competição em sinal de protesto.
Tal decisão, custou a suspensão de um ano para campeonatos internacionais ao treinador Alcides Sagarra, três anos ao presidente da Federação Cubana, José Barrienos e dois anos ao vice-presidente, Teófilo Stevenson. Havana respondeu forte, emitindo uma declaração através do Instituto de Esportes da ilha, acusando a arbitragem de máfia corrupta.