[São Paulo] - O que Wanderley Luxemburgo e seus comandados vieram buscar na Vila Olímpica de Sydney – o clima dos Jogos – não está fazendo a menor falta para o pessoal do vôlei de praia. Acostumados à rotina de hotel-arena, arena-hotel, do Circuito Mundial, as duplas brasileiras ainda nem conheceram o local em que os demais atletas estão alojados.
"Não dá para dizer que estamos sentindo falta porque este é o nosso dia-a-dia. Nem tenho noção do que é uma delegação enorme. Só no Pan-Americano de Winnipeg tivemos um gostinho. Mas a gente quer visitar para conhecer, é claro, mas não dá para lamentar o fato de não estarmos lá", diz Adriana Behar, que, como os demais brasileiros do vôlei, está no cinco estrelas Gold Tulip, na Praia de Bondi, a menos de 200m do
local de competição.
"Se tivéssemos que vir para cá todo dia, seria desgastante. É uma pena ter que ficar longe da Vila, mas não tínhamos opção", explica Adriana Samuel.
O sacrifício não chega a ser muito grande. Os brasileiros ocupam os melhores quartos do hotel, as suítes-família, que na verdade são três quartos dentro de um só. Os apartamentos têm sauna, duas TVs com pay-per-view, minibar, três telefones, banheiros separados dos boxes, cofre, ferro e tábua de passar roupa e sofá-cama.
A diária de R$ 340 inclui a vista de Bondi, a mais famosa praia australiana, uma espécie de Ipanema daqui.
Para facilitar ainda mais as coisas, as atletas brasileiras já elegeram os bares e restaurantes das redondezas.
"Vamos aqui no “O Café”, que tem um cozinheiro brasileiro e faz um franguinho grelhado que é uma beleza", diz Shelda."A sopa de abóbora é uma delícia. E assim ainda escapamos desse negócio de fast food", completa Adriana Samuel. "E a Praia de Bondi tem muito brasileiro, o que é
bacana. Estamos sempre esbarrando neles, queremos
sempre encontrá-los nas Olimpíadas", diz Shelda.