Sydney - O dentista Marco Antonio Trevizani Martins, o Keko, será o representante do Brasil nas provas de esgrima dos Jogos Olímpicos. Keko, que compete na modalidade florete, fará sua estréia nesta quarta-feira, dia 20, e tem esperança em uma boa classificação.
"Conciliar as atividades profissional e esportiva é difícil e tem um preço. Mas também tem uma recompensa", afirmou Keko. A esgrima é disputada desde a primeira edição dos Jogos Modernos, em Atenas-1896, quando se apresentou apenas nas modalidades florete e sabre, no masculino. O torneio feminino foi disputado pela primeira vez em Paris, em 1924.
Esta é a sexta vez que o Brasil compete no torneio olímpico. Antes, participou em Berlim-36, Londres-48, Cidade do México-68, Montreal-76, Seul-88 e Barcelona-92. A esgrima mudou muito com a introdução de equipamento eletrônico, o que provocou grande mudança nas maneiras de se julgar e jogar esgrima. Nos Jogos Olímpicos, as provas são disputadas em pista de 14m de comprimento por 1,5m de largura.
Através de fios e uma roupa especial, as armas são conectadas ao placar eletrônico, para indicar os pontos e infrações ocorridas durante o combate. Cada esgrimista pode recuar em seu terreno cinco metros até a linha final - se ultrapassar essa linha com os dois pés, o ponto vai para o adversário. Ao final, vence a luta o esgrimista que conseguir tocar o adversário cinco vezes ou mais. As competições de esgrima, em Sydney, acontecerão no Sydney Exhibition Centre, em Darling Harbour, e o primeiro adversário de Keko será o britânico James Beevers.
Na esgrima o objetivo básico é atingir o oponente. O florete, modalidade de Keko, é feito de aço, não pesa mais que 500g e mede 90cm de comprimento. Essa é uma arma de toque, que visa apenas o tronco do rival com a ponta da lâmina, ao contrário da espada que pode ser usada contra qualquer parte do corpo do adversário.