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Disputa pelo COI vale ouro
Domingo, 17 Setembro de 2000, 13h07

Sydney - O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Juan Antonio Samaranch, começou a despedir-se do cargo que ocupou nos últimos 20 anos na cerimônia de abertura da Olimpíada de Sydney. Aos 80 anos, o marquês espanhol, que conseguiu transformar a entidade esportiva mais importante do mundo numa empresa bilionária, prepara a sua sucessão.

Candidatos ao revezamento não faltam. Algumas etapas dessa disputa acontecerão durante os Jogos da Austrália. Certamente serão mais interessantes que muitas competições. A reunião que apontará o novo comandante do esporte mundial está marcada para julho, em Moscou. Será apenas o oitavo presidente da história de 105 anos do COI. Samaranch deixará o poderá como o segundo dirigente que mais tempo ficou à frente da entidade - 21 anos. Só estará atrás do barão francês Pierre de Coubertin, o homem que criou o olimpismo moderno, que esteve à frente do COI de 1896 a 1925.

O favorito para receber o bastão é o canadense Richard Pound, o poderoso diretor de Marketing do COI e presidente da Associação Mundial Antidoping. O belga Jacques Rogge, o sul-coreano Un Young Kin e o australiano Kevan Gosper correm por fora. Gosper tem como maior trunfo a organização da Olimpíada de Sydney. Ou seja, joga em casa. Mas essa vantagem foi anulada com a súbita viagem de Samaranch à Espanha, anunciada ontem, por causa da piora no estado de saúde da sua mulher, María Teresa. Com isso, Pound assumiu a presidência.

A ambição pela presidência do COI é compreensível. Afinal, a entidade, além de prestígio e reverência prestada apenas aos chefes de estado do primeiro mundo, oferece a gestão de um negócio que vale ouro. Nos próximos quatro anos, o movimento olímpico deve administrar a fortuna de US$ 3,5 bilhões, dos quais US$ 245 milhões só para a folha de pagamento.

Visão comercial - Quando Samaranch assumiu o cargo, o COI era um órgão amador, com dificuldades para manter seus compromissos. Com visão, implementou a profissionalização do departamento comercial e a promoção de seu principal produtos: os Jogos Olímpicos de Inverno e de Verão.

O grande interesse financeiro foi responsável, em 1998, pela maior crise da entidade. A luta pela candidatura dos Jogos de Inverno de 2002, vencida pela cidade norte-americana de Salt Lake City, causou o maior escândalo da história olímpica, com denúncias de corrupção que resultaram na expulsão de cinco dirigentes, na advertência de quatro e no pedido de demissão de outros quatro.

A imagem do Comitê Olímpico Internacional foi definitivamente manchada e várias medidas foram tomadas para reverter a situação. Os membros do COI agora são proibidos de visitar as cidades candidatas e de participar de discussões que envolvam interesses de seus países.

Samaranch, que sempre conviveu com a acusação de ser conivente com o governo do ditador espanhol Francisco Franco (foi vice-ministro de Esportes e nomeado para administrar a região da Catalunha), prepara-se para escrever as suas memórias em Barcelona, sua cidade natal. Lá, pretende viver longe dos holofotes com a honra de ter passado ao seu sucessor uma indústria de sucesso.

Agência Estado

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