Rio - Após derrotarem Senegal por 82 a 48, as brasileiras
já estão pensando na França, que vão enfrentar na próxima
sexta-feira, 0h30min (de Brasília). A vitória poderá garantir a
classificação para a próxima fase do torneio feminino de basquete dos Jogos
de Sydney.
No período de preparação, o Brasil enfrentou a França duas vezes e perdeu
(65 a 57 e 75 a 45). As derrotas, porém, não preocupam as brasileiras.
"Estavamos em início de treinamento, trabalhando muito forte fisicamente e
ainda sem ritmo de jogo", lembrou a armadora Adrianinha, que disputou os
dois jogos.
Silvinha concordou, mas disse também que já está na hora de ganhar. "Já estamos com a França engasgada. Vamos entrar com muita garra, jogando
forte para vencer. Elas têm um time alto que dificulta a marcação e
precisaremos ter muita atenção", ressalta.
A pivô Alessandra explicou que as francesas atuam de forma semelhante à
Austrália. "Como as alas e armadoras são altas, elas costumam inverter a posição com
as pivôs, o que dificulta a defesa, mas estamos trabalhando para neutralizar
essa jogada", garantiu.
O técnico Antônio Carlos Barbosa acredita que a partida será equilibrada e
lembrou que, nos jogos amistosos contra a França, o Brasil estava sem
Janeth, Claudinha e Cíntia Tuiú, titulares em Sydney.
A seleção brasileira disputou três partidas. Na estréia, venceu a Eslováquia
por 76 a 60. Depois, perdeu de 81 a 70 para a Austrália. E nesta
quarta-feira derrotou Senegal por 82 a 48.
A França já disputou três jogos pelo Grupo A e venceu todos: fez 75 a 39 no
Senegal, 58 a 51 na Eslováquia e 70 a 58 no Canadá.
O jogo contra o Senegal não exigiu muito das brasileiras e permitiu que
Barbosa usasse todas as 12 jogadoras. Um alívio para o preparador físico
João Antônio Nunes, o Joãozinho. "Em todas as outras seleções, as principais jogadores têm ficado em média
25 minutos em quadra. Janeth, Helen e Alessandra estavam na casa dos 30. Na
próxima fase, isso pode fazer diferença. Precisamos
aproveitar jogos menos complicados para tentarmos diminuir o desgaste das
nossas titulares", avaliou.