Sydney - A seleção brasileira feminina de handebol fez um trabalho especial de defesa para a partida contra a Áustria, à 0h30 desta quinta-feira. Segundo o coordenador técnico da equipe, Fernando Redondo, somente um bom desempenho no setor fará com que o Brasil tenha alguma chance de derrotar as adversárias, consideradas favoritas.
Redondo explica que a partida mais importante dos Jogos o Brasil já venceu, contra a Austrália. As três outras equipes da chave da seleção - Áustria, Dinamarca e Noruega - são muito mais fortes e com muita tradição. "Dessas três equipes, a Áustria é a mais fraca mas, em compensação é o time que temos mais dificuldade de jogar, porque gostamos de atuar no ataque e elas costumam ser muito fortes na defesa, travando o jogo, o que não acontece com a Dinamarca e a Noruega."
O Brasil, segundo o coordenador, tem uma desvantagem em relação às adversárias, que foram terceiras colocadas no último Mundial, no que diz respeito à força física. "Nossa defesa terá de errar muito pouco para que tenhamos chance de usar a nossa maior arma, o contra-ataque", diz Fernando. "Do contrário será difícil passar por elas."
Na terça-feira, as brasileiras foram observar as adversárias, que foram derrotadas pela Dinamarca por 30 a 26. O destaque do jogo foi a atacante Ausrele Fridrikas, que tem várias afinidades com o Brasil. A jogadora, eleita duas vezes a melhor jogadora da Áustria, fez sua primeira partida internacional contra as brasileiras e seu maior ídolo também nasceu no País: Pelé.
A equipe do Brasil continua sem duas de suas principais jogadoras, a goleira Fátima e a ponta Dali, que sofreram contusão nos jogos preparatórios para a Olimpíada. A esperança do técnico Digenal Cerqueira é de que as duas possam jogar se o Brasil passar para a segunda fase. A equipe dever ser a goleira Chana e as jogadoras Valéria, Dilane, Alessandra, Lucila, Rosana e Zezé.