Sydney - Após as provas de slalom, chega a hora da canoagem de velocidade, nos Jogos de Sydney. Nesta terça-feira, no Penrith International Regatta Centre, O Brasil entra na raia com três representantes: Caumo Roger, no k-1 (500m e1000m), e Sebastian Quattrin e Guto Campos no k-2 (500m e 1000m).
Os brasileiros são treinados há seis anos pelo polonês Zdzislaw Szubski, que considera Cuatrrin e Guto Campos aptos a chegarem nas finais em Sydney.
"Nós subimos de nível e esta dupla pode brigar para chegar entre as primeiras", disse o técnico que alerta haver 14 barcos em condições de chegar entre os 12 finalistas.
Cuattrin, argentino, de 27 anos, naturalizado brasileiro, está em sua terceira Olimpíada, Guto Campos, paulista, de 22 anos, estréia nesta competição. Uma mescla de experiência e entusiasmo que pode render bons resultados para o Brasil.
“Agora que estamos nas Olimpíadas nossa meta é chegar nas finais. Se conseguirmos, tudo pode acontecer”, diz Guto.
Os melhores resultados internacionais do Brasil aconteceram ano passado, nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg. Cuattrin e Guto foram prata no k-21000 e bronze no k-2 500. Roger Caumo foi bronze no k-4 1000, distância que não é olímpica.
Na competição de velocidade, os caiaques e canoas percorrem, em linha reta como no remo, uma raia de 500m e 1000m - as duas distâncias olímpicas, Um caiaque pode atingir a velocidade de 20km por hora. O individual tem comprimento máximo de quatro metros e o de duplas mede 6,5 metros.
Apesar de a canoagem de velocidade ter sido introduzida no Brasil em 1943, pelos alemães, a primeira competição internacional de que os brasileiros participaram foi o Campeonato Mundial de 1990, na Polônia.
A estréia olímpica veio dois anos depois, em Barcelona. Nos Jogos de Atlanta-96, Sebastián Cuattrin conseguiu o oitavo lugar no caiaque de velocidade.
A canoagem de velocidade foi disputada pela primeira vez como esporte exibição em Paris-24 e passou a valer medalhas em Londres-48. Em todo esse tempo, os europeus ganharam a maioria das medalhas.
Nos Jogos de Sydney, mais uma vez, os canoístas da Europa são favoritos para o pódio, mas dividem a condição com americanos e canadenses. A modalidade é disputada no feminino, mas o Brasil não participa.