Sydney - A conquista da inédita medalha de bronze significa tanto para as jogadoras da seleção brasileira feminina de futebol que elas já pensam no que fazer para extravasar a emoção.
Além da tradicional volta olímpica, abraços e beijos, há alguns exageros previstos caso a equipe consiga chegar ao pódio nos Jogos de Sydney.
A baixinha atacante Maycon, que desfila com o cabelo raspado, pensou nisso com antecedência. Assim que a equipe desembarcou em Melbourne, a jogadora aproveitou um passeio para comprar dois tubos de tintas, uma verde e outra amarela, as cores brasileiras.
”Se for para levar uma medalha farei de tudo. Vou chegar em São Paulo com a cabeça colorida”.
Formiga também 'maltrataria' o cabelo. "Puxa, passo máquina de um lado só", diz. Mais radical ainda foi Roseli.
”Ficaria de top e de calcinha. Não entrou aquele torcedor pelado em campo, porque eu não poderia fazer o mesmo?”, brinca.
A goleira Andréia não tem dúvidas de que choraria bastante mas ameaça ir além :"Sei lá, atiraria luva, camisa, chuteira, jogo tudo para a torcida. Sério, depois iria até a Basílica de Nossa Senhora de Aparecida agradecer pelo bronze”, disse.
Raquel, que já passou máquina no cabelo e não gostou do resultado, promete ajudar os menores carentes.
"Gostaria de doar algumas cestas-básicas. Vale a pena ajudar alguém, já que queremos tanto que nos ajudem".
Pelo mesmo caminho segue o técnico Zé Duarte, que se conquistar a medalha de bronze contribuirá com uma quantia para o Centro Boldrini, do Hospital do Câncer, em São Paulo.
"Além de estar ajudando muita gente, ele foi o médico dos meus três filhos", afirma o treinador