O nadador Edvaldo Valério, bronze com a equipe de revezamento 4 x 100 m livre, está de alma lavada. Acha que enterrou de uma vez por todas a história de que negro não pode se destacar na modalidade. "Só espero que as pessoas passem a acreditar um pouco mais no pessoal do Nordeste. Tem muita gente boa por lá. Falta apenas apoio, dinheiro", diz o baiano Ed Bala.
Ele também está na expectativa de aumentar seu faturamento com o bronze no peito. Além da ajuda do Vasco, que proporcionou a compra de uma casa para a família em Salvador, Ed Bala acredita que começará a ser chamado para ganhar uma grana como garoto-propaganda e para fazer palestras em clubes, faculdades e academias.
"Sempre é legal entrar um dinheirinho a mais para quem sofreu tanto", afirma o nadador, que pretende realizar um sonho no próximo ano: pular o carnaval em Salvador. Como virou herói baiano, Ed Bala espera ser convidado pelo governo estadual para curtir a folia num camarote.
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