As jogadoras da seleção de handebol não ficaram nada satisfeitas com o adversário das quartas-de-final. Esperavam encontrar pela frente uma equipe com jogadoras altas e não as baixinhas da Coréia do Sul, que entrarão em quadra animadas com o primeiro lugar no grupo A (quatro vitórias em quatro jogos). "Queríamos encarar um time com média de altura mais elevada. Assim, teríamos menos dificuldades. As baixinhas, como nós, são mais ágeis", justificou a armadora Lucila.
As três derrotas consecutivas na fase inicial não diminuíram o ânimo da equipe. Lucila e companheiras acreditam que o handebol brasileiro já foi longe demais, pois só começou a evoluir depois que alguns tabus foram quebrados. "Eu, por exemplo, considerava um absurdo fazer musculação, ficar com corpo parecido com o dos homens. Não foi nada fácil aceitar esse tipo de preparação física."
Independentemente do futuro da seleção, Lucila acha que todas já devem se considerar heroínas. "No Brasil ainda se vive de resultado. Se o time vai bem, as portas se abrem; se vai mal, ninguém olha para você", desabafou Lucila, ouro no Pan de Winnipeg, em 99.
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