Sydney - O inimigo de Claudinei Quirino da Silva não é nenhum adversário mais veloz nos 200m rasos, prova em que busca vaga na final de quinta-feira, às 6h20 (de Brasília). É o medo de o atletismo do Brasil voltar de mãos abanando da Olimpíada.
Na terça-feira, Claudinei venceu sua bateria na primeira eliminatória dos 200m. André Domingos, o outro brasileiro na disputa, foi eliminado.
Antes da prova, Claudinei e André combinaram que a ordem é superar as divergências internas e se unir. Os dois melhores velocistas do país, integrantes do time do 4 x 100 m rasos, até já deixaram vazar uma discussão para saber quem encerraria o revezamento. Acreditam que é a hora de todos torcerem por todos.
A equipe tinha a esperança de que Sanderlei Parrela conseguisse uma medalha nos 400 m rasos, apesar dos três meses sem treinar direito devido à suspensão por doping. Para as circunstâncias, até que Sanderlei, vice-campeão mundial da distância, correu bem, chegando em quarto. Agora, os brasileiros têm consciência de que as chances reais de subir ao pódio limitam-se aos 200m rasos – principalmente com Claudinei, atual vice-campeão mundial – e com o 4 x 100 m, que defende o bronze conquistado em Atlanta-1996.
Na terça, Claudinei e André ficaram na Vila Olímpica preparando-se para os 200m. Não treinaram com o restante do time do revezamento: Édson Luciano, Vicente Lenílson, Cláudio Roberto Souza e Raphael Raymundo de Oliveira.