Sydney - A pivô Alessandra acredita que algumas jogadoras do Brasil acabaram intimidadas na derrota por 64 a 52 para a seleção da Austrália, resultado que tirou do Brasil a chance de fazer a final olímpica do torneio de basquete feminino.
”Algumas jogadoras ficaram com medo. Mas eu não estou falando mal de ninguém. Acontece é que faltou experiência em jogar com a pressão na cabeça”, disse a pivô.
O jogo, que valia uma vaga na final, foi disputado no ginásio Superdome, lotado por cerca de 20 mil torcedores, a maioria australianos empurrando as donas da casa.
A disputa pelo bronze será contra a seleção da Coréia que perdeu por 78 a 65 para a equipe dos Estados Unidos.
A ala Janeth acha que o problema foi outro. Para ela, houve apenas "um pouco de ansiedade", o que permitiu que a Austrália abrisse no placar sem que o Brasil conseguisse encostar ou passar.
”A nossa bola não caia e isso trazia ansiedade. Além disso tivemos de jogar contra sete, já que os juizes erraram muito contra a gente”, reclamou.
Para Janeth, o time brasileiro já cumpriu sua missão na Olimpíada. "Nosso objetivo principal era ficar entre os 5 melhores do mundo. Já estamos entre os quatro, o que é um prêmio. Agora é partir para o bronze, que seria um resultado maravilhoso", disse.
Segundo a atleta, o processo de renovação da seleção se mostrou um sucesso e a medalha de bronze viria coroar esse trabalho.
“Para nós, esse bronze terá sabor de ouro", afirmou.
Independente da atuação dos árbitros, Janeth reconhece que a Austrália esteve melhor no jogo.
Na opinião de Cintia, a Austrália teve uma vantagem que foi fundamental. “Eles conseguiram realizar as trocas o tempo todo e o time não perdeu a eficiência”, disse.
A armadora Silvinha acha que o Brasil deve começar agora a pensar na Coréia.
"Elas (as coreanas) surpreenderam todo mundo. O time não era considerado favorito e chegou às semifinais. Nós temos de ter muita força para vencer", disse.