Sydney - Sem grandes pretensões na Olimpíada, a seleção brasileira feminina de handebol tinha como objetivo terminar entre os oito melhores. A meta foi alcançada com o oitavo lugar, o que fez com que técnico
e atletas considerassem a participação em Sydney como boa, apesar da
campanha de seis derrotas, e apenas uma vitória, na estréia, contra a
Austrália.
O resultado foi considerado positivo porque a participação brasileira em
competições internacionais não costuma ser boa. No Mundial da Noruega, por
exemplo, o Brasil não passou de um 16º lugar. A grande exceção, até agora,
foi a conquista da medalha de ouro no Pan-Americano de Winnipeg (Canadá),
ano passado.
Segundo o técnico Digenal Cerqueira, o Brasil foi muito bem na competição,
mas ainda tem muito o que evoluir para chegar no nível das melhores seleções
do mundo.
"O problema começa na base, nas aulas de educação física. Precisamos dar
mais fundamento às atletas para que elas cheguem à seleção prontas para
jogar. Além disso, é fundamental o intercâmbio com as grandes potências. De
qualquer forma, a participação nos Jogos Olímpicos foi muito importante", disse Digenal.
O destaque do time brasileiro na competição foi a armadora Zezé, uma das
artilheiras do torneio, com média de 6,1 gols por partida.
"É importante ter feito muitos gols, mas sei que preciso melhorar muito
tecnicamente. Meu aproveitamento ficou abaixo dos 50% e o ideal é
que ele esteja em torno de 80%. Vou continuar treinando", disse a
jogadora.