Sydney - O Brasil foi o único país da América Latina a não conseguir superar os resultados obtidos em Atlanta em Sydney. Cuba foi de novo o melhor, com 29 medalhas, entre elas 11 de ouro, contra o total de 25 e as nove de ouro de Atlanta. Mesmo assim, o beisebol, um dos favoritos, não levou o ouro e os pugilistas só ganharam seis medalhas, quatro de ouro, em sua pior atuação desde 1980.
A derrota na final de beisebol foi mais uma mancha negra em um dia de quatro desclassificações no boxe e da eliminação da equipe de vôlei masculino, que tentava um lugar entre os primeiros.
Nos outros esportes, os cubanos progrediram. Subiram ao lugar mais alto do pódio nas provas de judô feminino, luta e tae-kwon-do e em modalidades mais técnicas do atletismo, como os 110 metros com barreiras e o salto em distância.
Apenas três dias depois, os cubanos recuperaram a posição ganhando cinco medalhas de ouro, duas de prata e três de bronze e entrando para o grupo dos dez melhores países nas Olimpíadas de Sydney.
As "Morenas do Caribe" mostraram a garra de tri-campeãs olímpicas e venceram a Rússia no vôlei. O pugilista Félix Savón também conseguiu seu terceiro ouro e se igualou ao compatriota lendário Teófilo Stevenson.
O México, que levou apenas uma medalha nas três Olimpíadas anteriores e nenhum ouro desde Los Angeles, em 1984, ganhou seu ouro com a pesista Soraya Jiménez e mais seis medalhas.
A Colômbia, fora do quadro de medalhas de Atlanta, ganhou o primeiro ouro de sua história com a pesista María Isabel Urrutia.
Na equipe da Costa Rica, a nadadora Claudia Poll não repetiu a vitória de Atlanta, mas ganhou dois bronzes que definiu como "se fossem uma medalha de ouro."
A Argentina ganhou uma medalha a mais que em Atlanta, enquanto Chile e Uruguai aparecerão de novo entre os medalhistas graças ao futebol e ao ciclista Milton Wynnants, respectivamente.
O Brasil, que chegou na Austrália com muitas expectativas de medalha, acabou ganhando só 12, três a menos que em Atlanta e nenhuma delas de ouro, apesar das várias oportunidades.
Os velejadores brasileiros se perderam nas técnicas e com o nervosismo quando o ouro se aproximou. Robert Scheidt não chegou ao bi-campeonato e ficou com a prata na classe Laser, enquanto Torben Grael e Marcelo Ferreira deixaram escapar o ouro quase certo e tiveram que se contentar com o terceiro lugar do pódio.
Com o cavaleiro Rodrigo Pessoa e seu cavalo francês Baloubet, super favoritos, aconteceu algo semelhante, mas sem explicação. Na final do hipismo, Baloubet se recusou a saltar os obstáculos.
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