Belo Horizonte - Acuado pelos desfalques de Cléber, Donizete Oliveira e Ricardinho, na Seleção Brasileira, e Sorín, que está servindo à Argentina, o técnico Luiz Felipe Scolari poderá adotar uma postura radical para o clássico contra o América, sábado, no Ipatingão. Ele examina a possibilidade de escalar o Cruzeiro com três atacantes - Geovanni, Oséas e Fábio Júnior, com o recuo de Sérgio Manoel, que atuaria como ala pelo setor esquerdo.
A solução, nada convencional, não alteraria muito a forma de jogar do time, que continuaria com forte presença no meio-campo, congestionado com os volantes Cléber Monteiro e Marcos Paulo, além de Jackson.
“É uma situação que não está descartada e vou observá-la durante os treinos", explica o treinador, para quem, apesar das mudanças, o importante é o time manter a 'pegada' dos jogos anteriores. Para o lugar de Sorín, Scolari conta ainda com Alonso e Wendel.
Sobre o jogo aéreo do adversário, principalmente com o atacante Zé Afonso, ele minimiza a situação. “Temos o Cris e o Marcelo Djian que se posicionam bem na área. É lógico que não vão ganhar todas, mas isso é normal", diz. Sua preocupação é reduzir os espaços dos articuladores das jogadas de ataque americano _ Fabrício e Tucho.
O volante Marcos Paulo considera importante o Cruzeiro mostrar, no jogo contra o América, a mesma determinação na vitória sobre o Atlético. “Temos que entrar em campo com a mesma disposição, principalmente no segundo tempo contra o Atlético", diz o volante, que será o substituto de Ricardinho. O zagueiro Marcelo Djian vai formar a zaga com Cris.