Rio - O presidente do Boca Juniors, Mauricio
Macri, declarou nesta sexta-feira que a situação econômica da maioria dos
clubes argentinos é cada vez pior. “ Nunca esteve tão ruim. Nossa seleção está passando por um
excelente momento, mas os clubes pioram a cada dia”, afirmou
Macri é contra a reunião que a AFA (Associação de Futebol Argentina)
pretende realizar para tratar do problema. “Alguns buracos serão provisoriamente tapados, mas depois tudo
voltará a ser como antes”, diz. “Em 1999, numa reunião de dirigentes, resolvemos adotar uma
política de controle patrimonial. Todos deveriam entregar informes sobre as
finanças de seus clubes, mas muito poucos cumpriram com o combinado. E não
pudemos fazer nada a respeito, pois como a maioria optou por desrespeitar o
acordo, não tivemos como aplicar as penas cabíveis.”
A responsabilidade dos dirigentes sobre as decisões tomadas nos
clubes é outro assunto que preocupa o presidente do Boca. “Quem se compromete a pagar o que não pode deve ser punido. Na
Espanha, este comportamento nem passa pela cabeça dos dirigentes. Com ordem,
é possível que as equipes pequenas vençam as grandes, Mas do jeito que está
agora, as distâncias crescem ainda mais.”
Macri aproveitou para explicar as finanças do Boca. “85 por cento do que entra em nosso caixa vem de arrecadações e
direitos de uso de imagem. Os 15 por cento restantes conseguimos com a venda
de jogadores. Por isso, nos últimos anos, tivemos lucro.”