Roma - O denominado "escândalo" dos passaportes falsos que convertem em comunitários os jogadores dos países integrantes da União Européia, está aumentando no futebol italiano, onde são abertas várias investigações.
O mais recente atleta que está sendo investigado pelas autoridades é o goleiro brasileiro Dida, que defende o Milan. Além de Dida, também Roque Júnior e o ucraniano Andreij Shevchenko, do mesmo clube, estão na mira das autoridades e, se confirmado alguma irregularidade, poderão prejudicar suas carreiras e o Milan.
Segundo algumas informações da polícia italiana, existem evidências da suposta falsidade do passaporte português de Dida. O argentino Verón, que joga na Lazio, também começou a ser investigado porque a polícia imagina que alguns de seus documentos foram falsificados. Os primeiros atletas descobertos com passaportes comunitatários falsos foram os brasileiros Warley e Alberto, que defendiam a Udinese. Warley hoje está no Grêmio.
A polícia de Udine descobriu outros passaportes falsos de jogadores, como o do brasileiro Jorginho, que tinha um documento roubado e falsificado. O jogador paraguaio Alejandro da Silva também foi investigado e a polícia italiana descobriu que o mesmo funcionário português - que não existe - também teria falsificado o passaporte do jogador, disse o chefe da polícia de Udine, Giuseppe De Donno.
Agora a polícia italiana também começa a investigar os documentos dos argentinos Matías Almeyda (Parma) e Roberto Fabián Ayala (Valência e antes Milan e Nâpoles). Em Gênova, os investigados são os jovens atletas camaroneses Zé Francis, Thomas Ivock e Ondoa, os três integrantes do time juvenil do Sampdoria, que estariam usando, segundo adiantou a polícia, passaportes falsos e roubados.
Os brasileiros André Augusto Leoni Dede e Neves Capuchio Jedous Jeda, ambos de 21 anos, do Vicenza, já foram expulsos da Itália.