Maracaibo - As boas atuações e o impressionante assédio dos torcedores fizeram Romário voltar a pensar na idéia de disputar a Copa do Mundo de 2002. No início deste ano, o jogador praticamente descartava a possibilidade, mas, agora, admite que vai pensar no assunto.
"Não quero fazer planos, porque ainda é cedo e tenho tempo para pensar, vamos ver", disse. "Fiz planos para disputar a Copa de 98 e a Olimpíada de Sydney e acabei não jogando nenhuma das duas competições." Romário tem 34 anos, em janeiro completará 35 e, na ocasião do Mundial, vai ter 36.
Mesmo assim, mostra boa condição física e continua se destacando tanto na seleção brasileira quanto no Vasco. É, de longe, a maior estrela do Brasil no momento.
Quando a delegação chegou a Maracaibo na tarde de sábado, cerca de 120 pessoas foram até o Hotel do Lago, onde a seleção estava hospedada, para recepcioná-lo. O tumulto foi grande, mesmo em se tratando de um povo que não está acostumado ao futebol e de um país que não tem nenhuma tradição no esporte. "Nem quando o Michael Jackson veio à Venezuela havia tanta gente para recebê-lo", contou uma torcedora.
Pior ainda foi após o treinamento da seleção no Estádio Pachencho Romero, sábado à noite. Além dos torcedores, a imprensa local também não resistiu. Em vez de entrevistá-lo, os repórteres preferiam tirar fotos ao seu lado.
"Estou acostumado a esse tipo de coisa e, por isso, não fiquei assustado", garantiu o atacante. Consciente de sua condição e, sem fazer questão da modéstia, Romário admite ser um astro do futebol mundial. "É uma coisa natural e, por isso, tenho consciência da responsabilidade que tenho a cada jogo que disputo."
Dono do Vasco e dono da seleção, o ´Baixinho´, quer, aos poucos, começar a ter influência também na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ao contrário de todos os outros jogadores, ele não esconde sua preferência pelo novo técnico da seleção brasileira. "O Oswaldo de Oliveira seria perfeito, não existe melhor."