São Paulo - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ainda não definiu que Candinho dirigirá a seleção brasileira contra a Colômbia em São Paulo, em 15 de novembro. O dirigente revelou ao Jornal da Tarde que não está nada certo com o Candinho no jogo contra os colombianos. "Sinceramente, ainda não há definição", disse.
Teixeira admite que o técnico do Vasco, Oswaldo de Oliveira, continua bem cotado. "O perfil do próximo treinador da seleção continua sendo o de Oswaldo de Oliveira. A situação atual é essa, estou pensando com calma", disse.
No coletivo que definiu a equipe para a partida contra a Venezuela, Teixeira chegou a abraçar Candinho no gramado em Teresópolis. Satisfeito com a forma de atuar do atual treinador corintiano, o presidente da CBF chegou a ficar entusiasmado com os gritos do banco para que Donizete e Cléber fizessem faltas no meio de campo. O presidente abriu a possibilidade da efetivação no cargo, no lugar de Luxemburgo. Mas o auxiliar recusou. Duas vezes.
"O máximo que pode acontecer será eu dirigir contra a Colômbia. O máximo! Agora quero, nestes dois dias de folga, pensar no Corinthians. Sexta-feira estarei no Parque São Jorge para fazer o que puder pelo time. Na minha cabeça é só Corinthians. Sou um homem que respeita os próprios projetos."
Candinho diz que seria fácil demais capitalizar a vitória diante dos venezuelanos para tentar ficar na seleção. "Soube que houve uma pesquisa muito favorável à minha permanência. Eu poderia dizer que ganhei o jogo porque escalei a minha equipe ou outras coisas do gênero. Era o que todos queriam ouvir. Só que não sou esse tipo de gente aproveitadora. Tanto que dediquei pela televisão a vitória ao meu velho amigo Wanderley." Candinho ratifica sua postura: "Sei do meu potencial como treinador, mas sou grato. Não iria virar as costas ao Wanderley como muita gente fez. Mas ele sabe que pode contar comigo."
Candinho jura que não sabe se dirigirá a equipe contra os colombianos: "Vou revelar o acordo entre a CBF e Corinthians. O presidente Ricardo Teixeira pediu ao presidente Alberto Dualib que, caso precise de mim em novembro, o clube me libere. Dualib concordou. Mas isso não significa que a CBF não esteja trabalhando já para contratar um outro treinador. Pelo contrário, acredito que esteja."