Rio - Faltando mais de um mês para a partida entre Bolívia e Uruguai, dia 15 de novembro em La Paz, pela abertura do returno das Eliminatórias da Copa de 2002, a guerra de provocações já começou. O pontapé inicial foi dado por um jornal boliviano, que chamou o técnico da seleção uruguaia, o argentino Daniel Passarella, de Satanás.
Em sua edição na internet, o jornal "Diario" critica a decisão de Passarella de levar a seleção uruguaia para um período de adaptação à altitude de mais de 3.600 metros de La Paz. Sob o título de charlatão, a matéria dizia: "O inumano mandou seus lacaios para preparar a chegada de sua seleção, primeiro a vários quilômetros de La Paz. Daniel Passarella, o inimigo da Bolívia, acredita que a adaptação na altura com muitos dias de antecedência, para jogar na ante-sala de Deus, lhe dará os resultados esperados. Como está equivocado o Satanás, que sairá daqui perfurado!"
A insatisfação dos bolivianos vem sendo causada pela decisão de Passarella de levar a seleção uruguaia a Cochabamba a partir do dia 26, iniciando o período de adaptação à altitude. No período até o jogo, a equipe fará amistosos contra times bolivianos. A base da seleção será formada por jogadores que atuam no próprio Uruguai, pois os que jogam foram do país não serão liberados por seus clubes.
Na tabela de classificação das Eliminatórias Sul-Americanas, o Uruguai ocupa a quinta posição, com 14 pontos; a Bolívia está em nono lugar, com oito.