São Paulo - O novo coordenador técnico da seleção brasileira, Antônio Lopes, disse neste domingo que o nome do novo técnico da seleção brasileira só sai depois do final da Copa João Havelange, em dezembro, para não prejudicar nenhum clube.
Em entrevista coletiva em seu apartamento em Ipanema, Rio de Janeiro, Lopes, de 59 anos, disse que está com "toda a calma do mundo" para escolher o novo nome.
Lopes apareceu na coletiva vestindo uma camisa no tom verde-água que se
tornou sua marca registrada no tempo em que dirigia o Vasco. Bem humorado,
Lopes disse que o presidente Ricardo Teixeira lhe concedeu amplos poderes
para constituir a nova comissão técnica. O coordenador disse que vai
escolher os nomes com muita calma porque não pretende tirar profissionais
dos clubes que estão disputando vagas para a próxima etapa da Copa João
Havelange.
Ele explicou que o novo técnico terá poder limitado e ninguém da comissão
técnica tomará decisões sozinho. Todo mundo terá de ser ouvido,
principalmente em relação aos convocados. Lopes trabalhará apenas com a
equipe principal.
Ele disse que, com certeza, o treinador vai sair de um dos times que disputam a Copa JH. Sondado pelos repórteres a respeito de Levir Culpi, do São Paulo, e Oswaldo de Oliveira, do Vasco, disse apenas que "são bons técnicos, são fortes candidatos".
"O importante é que seja um técnico que saiba ouvir, que saiba compartilhar as decisões", disse. "Que não assuma sobre si só toda a responsabilidade."
Ele disse que o perfil que procura é de um técnico experiente, com um bom currículo e títulos. Esse técnico, como o próprio Lopes, deve ficar até o fim do ano em seu clube.
Lopes voltou a elogiar os atacantes Romário, do Vasco, e Edmundo, do Santos. Ele disse que viu o começo da carreira dos dois no Vasco. "Romário tem de estar presente em tudo", disse.