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Fábio Baiano teme cirurgia antes do fim do ano
Terça-feira, 17 Outubro de 2000, 09h01
Atualizada: Terça-feira, 17 Outubro de 2000, 09h02

Porto Alegre - Fábio Baiano teme não agüentar até o fim da Copa João Havelange e ter que ir para a mesa de cirurgia. Por enquanto, as dores pubianas têm sido tratadas com aplicações de Voltaren, um dos mais fortes analgésicos disponíveis no mercado cujo uso não é considerado doping pela legislação esportiva.

O problema nem é durante as partidas. O duro é quando passa o efeito do remédio e o corpo esfria. Apesar do esforço do meia, cada vez é mais difícil suportar as dores.

"Estou fazendo o possível para não precisar operar. O problema é agüentar até terminar a temporada", explicou Fábio Baiano, que passou a tarde desta segunda-feira fazendo tratamento médico no vestiário.

A dormência no tornozelo que o tirou do Gre-Nal e do jogo contra o São Paulo não é nada perto das dores pubianas que o incomodam desde os tempos de Flamengo. Tanto que o meia nem cogita de ficar fora da equipe em razão do tornozelo. O medo é mesmo o complicado, mas temido pelos jogadores de futebol, músculo adutor da coxa. Depois de treinos e jogos, baiano precisa fazer aplicações de gelo, procedimento semelhante ao que Ronaldo era obrigado a fazer no joelho durante a Copa do Mundo da França.

Os médicos sabem que a cirurgia, nestes casos, é quase inevitável. Como a retirada da parte inflamada através de cirurgia é sempre uma intervenção delicada, que implica mexer na musculatura, o tempo de recuperação não é preciso, mas deve levar alguns meses.

Uma operação agora significaria seu afastamento até em caso de o Grêmio chegar à final da João Havelange. "Estamos fazendo um tratamento de manutenção, conduzindo o problema enquanto ele suportar as dores. É uma tendinite crônica, cuja intensidade aumenta e diminui de tempos em tempos. Vamos ir levando assim até onde der", explicou o médico Fábio Krebs.

"Não é nada bom termos um jogador tão importante para a nossa equipe nestas condições. Apesar do enorme esforço dele para estar em campo, sua presença é sempre uma incógnita", lamentou o técnico Celso Roth.

Então, nos oito jogos que restam para o Grêmio na primeira fase – quatro em casa e quatro fora – a escalação do jogador mais importante taticamente do time será sempre cercada de mistério.

Zero Hora


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