La Coruña - O atacante Djalminha, do La Coruña, disse neste fim-de-semana que quer uma chance na seleção brasileira de Émerson Leão. Autor de um gol decisivo contra o Juventus quarta-feira, que garantiria a vitória do time se os atacantes estivessem mais inspirados, Djalminha postula, logicamente, um lugar ao sol na seleção do Brasil que disputa a classificação para o Mundial de 2002.
"Continuo pensando fortemente na seleção. Tive a oportunidade de participar agora de dois ou três jogos nas eliminatórias e espero conseguir outras chances por parte do novo técnico. Realmente é o que estou esperando. Hoje, é um de meus objetivos mais importantes: jogar com a seleção. Foi justamente por isto que voltei do Japão para o Palmeiras (em 1995) porque queria jogar com a equipe e sair vitorioso em meu país. Consegui no Brasil ser considerado o melhor jogador quando voltei. Já estou muito adaptado à cidade. Minha família está bem aqui, e estou contente e feliz de estar aqui. O time vai bem e conseguimos conquistar uma Liga, uma coisa inédita e então a alegria de estar neste clube é total. Quando um brasileiro vai, outro chega", lembra Djalminha, que chegou ao Desportivo substituindo Rivaldo, em 1997.
"É uma das razões pelas quais me sinto em casa. Por aqui há um montão de brasileiros. Os moradores da cidade e o clube em si gostam muito dos brasileiros."
Djalminha não teve problemas na capital galega. Chegou à Espanha proveniente do Shimizu S-Pulse japonês, em 1994. "Sem nenhuma dúvida é mais fácil para mim adaptar-me aqui. Mas o Japão foi uma boa experiência. Não foi fácil, inclusive diria que foi difícil, mas finalmente acho que valeu a pena", estima.
Foi muito mais fácil me adaptar a la Coruña que ao Japão. Sem dúvida nenhuma. Tive um lado muito bom na parte financeira, uma experiência de vida nova. Tudo vale a pena nesta vida mas eu preferi voltar para meu lado profissional. Eu queria muito mais minha carrera profissional e acho que tomei a decisão certa.
Comecei jogando futebol de salão e já no Flamengo com 15 anos jogando futebol no campo. Me formei aí. Foi o clube que me deu toda a estrutura. Depois fui para o Guarani.
Fui fazer um teste para ver se era aprovado. A intenção era ser profissional. O futebol sempre foi minha paixão, sempre tive vontade de fazer e graças a Deus deu tudo certo.
Tenho três filhos. Vou procurar dar liberdade total para meus filhos decidirem o que fazer. Como eu tive. Eu jogo futebol não é porque meu pai jogava futebol ou porque ele queria. Jogo futebol porque foi o que sempre quis".