Rio - A CPI do Futebol no Senado inicia seus trabalhos "em alta voltagem", disse nesta quarta-feira o presidente da comissão, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), ao participar de entrevista exibida pelo canal de TV a cabo da Radiobrás.
Instalada na semana passada, a CPI já pediu a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-técnico da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, de duas contas da CBF e da empresa Traffic, que intermediou o contrato de patrocínio CBF/Nike. Também aprovou a convocação de empresários que negociam jogadores e do deputado e vice-presidente do clube Vasco da Gama, Eurico Miranda.
Dias disse que o objetivo da CPI é esclarecer escândalos que se repetem no futebol, causando indignação popular e prejuízos à Receita.
É preciso virar a mesa e organizar o setor que, segundo ele, é responsável pela movimentação de US$ 280 bilhões anuais em todo o mundo e emprega 400 mil pessoas.
"Temos encontrado apoio em todas as camadas sociais, garantiu o senador, para quem a resistência "é só da cartolagem, a quem interessam a falta de transparência, desorganização e irregularidades".