Santos - O atacante Edmundo destacou as qualidades do novo treinador do Santos, Carlos Alberto Parreira, mas disse que agora a responsabilidade da classificação é dos jogadores. "Chegamos ao fundo do poço e, se a gente quiser se levantar, tem que pensar numa vitória a qualquer custo sobre o Bahia, pois ela dará tranqüilidade para os trabalhos da semana que vem", disse o atacante, um dos que preferiam Wanderley Luxemburgo para substituir Giba.
Edmundo falou até em aumentar o regime de concentração.
O artilheiro elogiou o demitido Giba, mas disse que "seu único pecado" foi deixar as coisas estavam correndo um pouco soltas.
Segundo Edmundo, quando chega um momento assim, o jogador acaba se acomodando.
O goleiro Carlos Germano também vê a situação como crítica e chegou a comentar que, se fosse o presidente Marcelo Teixeira, "reuniria os jogadores numa sala fechada, daria um murro na mesa e diria: se está nessa situação é por culpa de vocês, então por favor, tirem o Santos disso".
Germano acha que se não houver uma mudança de comportamento Parreira logo estará sendo alvo de pressões". Por isso, acha que a responsabilidade da classificação é dos jogadores. "O treinador sempre demora um pouco para impor sua forma de trabalho e, em 20 dias, teremos três jogos que precisamos vencer, senão é pegar o presente de papai noel e ir para a casa". E completou: "Ninguém quer sair de férias antes do tempo".
Edmundo considera que Parreira "tem que esquecer um pouco da parte técnica e botar a gente para ter raça, vontade e disposição para ganhar os próximos jogos e conseguir a classificação". A preocupação de Edmundo é tanta que ele acha que o grupo de jogadores precisa "se privar um pouco das coisas que gosta, até um pouco da família". E surpreendeu ao propor que o time entre num regime de concentração para conquistar a classificação. O atacante entende que "nesse caso, o grupo fica junto no hotel e nos treinos e têm a oportunidade de se conhecer melhor".