São Paulo - A equipe de revezamento 4x50 medley (até 20 pontos) conquistou mais uma prata fechando a prova em 2m41s40. O resultado garantiu a 11ª medalha de nadadores brasileiros nesta Paraolimpíada, três delas em provas de revezamento, as mais importantes da natação, já que são necessários quatro bons atletas para que a equipe suba ao pódio.
Na eliminatória da tarde, Francisco Avelino, 34, Adriano Lima, 27, Luis Silva, 19, e Clodoaldo Silva, 21, quebraram o recorde mundial com a marca de 2m43s22. A equipe da China ficou muito perto, com 2m46s94. O terceiro melhor tempo foi da Espanha (2m51s77).
Os resultados da semifinal já anunciavam que a briga pelo ouro seria entre os três países. O técnico José Roselio, Zeca, saiu da piscina depois das provas da manhã avisando que os nadadores teriam que dar tudo de si na final para que o hino brasileiro fosse ouvido depois da prova.
Eles deram, baixando ainda mais a marca que haviam conseguido pela manhã, mas a Espanha fez 1s46 a menos que o Brasil, estabelecendo um novo recorde mundial e ganhando o ouro. O bronze ficou com a China, que fez o tempo de 2m51s58.
"A China e a Espanha se guardaram na semifinal", disse Luís Silva, decepcionado por não conseguir o ouro. O atleta era da categoria S5 antes desta paraolimpíada, e teve sua classificação revista em função dos sucessivos recordes que quebrou em campeonatos mundiais. Pouco antes de vir para Sydney, descobriu que teria que competir na categoria S6, para atletas com deficiência física mais branda que a categoria anterior. Mesmo assim, sai dos jogos com duas medalhas de prata.
Com o resultado, Clodoaldo Silva, 21 anos, conquistou sua quarta medalha, tornando-se o recordista da delegação brasileira em Sydney e reforçando as previsões do técnico Zeca, que o aponta como a grande promessa do país para Atenas.
"Eu me sinto muito feliz", disse o nadador, que começou a treinar em Natal há menos de dois anos. "É o trabalho recompensado. Foram muitas abdicações e treinos forçados."