Santos - Com a classificação para a segunda fase da Copa João Havelange ameaçada, o Santos entra hoje em regime de concentração máxima, em um hotel-fazenda em Jarinu. O técnico Carlos Alberto Parreira terá, assim, a oportunidade de conviver intensivamente com os atletas e preparar a equipe para a missão que a cada jogo torna-se mais difícil: vencer quatro das cinco partidas que o time tem pela frente para conquistar a vaga.
Problemas não faltam para Parreira, que estreou sábado na derrota por 1 a 0 para o Bahia. Um deles é em relação à escalação do time para a partida de domingo, contra o Coritiba. O técnico terá que armar um novo meio-de-campo, já que não contará com dois de seus mais experientes jogadores. Rincón levou o quinto cartão amarelo no sábado e cumprirá suspensão; Valdo está com estiramento muscular na coxa.
Outro setor que preocupa o treinador é o ataque. Edmundo foi expulso no jogo contra o Bahia, de maneira infantil (por duas vezes tentou enganar o juiz e fazer o gol com a mão), e Caio, seu substituto, está vetado por causa de lesão muscular.
Parreira não esconde sua preocupação com a dificuldade cada vez maior para a classificação. "Perdemos esses três pontos que eram fundamentais e, além disso, os demais resultados não ajudaram", disse. "Mas a vaga não está perdida e depende só de nós.''
Sem explicação - O presidente Marcelo Teixeira continua inconformado com a má campanha do Santos. Ele que acha injustificável uma equipe com o nível técnico do Alvinegro estar na 17ª colocação.
Teixeira garantiu que as duas estrelas maiores do time, Rincón e Edmundo, participarão dos treinos, apesar de não poderem jogar no domingo. Os dois jogadores, coincidentemente, lideraram o movimento a favor da contratação de Luxemburgo para a vaga de Giba. Foram vencidos.