São Paulo - O brasileiro Gil de Ferran classificou a corrida que lhe garantiu o título da Indy em 2000 de "conservadora". O piloto da Penske disse nesta sexta-feira, em São Paulo, que sabia que tinha que fazer o possível para chegar ao final do GP de Fontana, na Califórnia, sem se arriscar.
"Foi uma corrida tensa. O carro estava muito bom, tive vontade de disputar a liderança, mas, se acontecesse algo de errado, nunca me perdoaria", afirmou Gil, que precisava chegar na frente do mexicano Adrian Fernandez para garantir o mais importante título de sua carreira.
O brasileiro, que quase se envolveu em um acidente com o norte-americano Michael Andretti, chegou em terceiro lugar na prova e Fernandez foi o quinto. O vencedor foi Christian Fittipaldi, seguido de Roberto Moreno.
Gil de Ferran destacou em entrevista coletiva o trabalho do dono de sua equipe, Roger Penske, na conquista do campeonato, a segunda do Brasil na categoria -Emerson Fittipaldi foi campeão em 1989.
"Ele decide a tática da corrida, quando parar no boxe, tudo. Temos uma boa relação no rádio, um dava idéia para o outro e as coisas andaram bem. Ele é contagiante", disse o piloto, que completará 33 anos este mês.
Apesar do título, Gil de Ferran disse que não falta motivação para continuar guiando. "O piloto tem que estar sempre motivado para os desafios. Uma vez que eles tenham sido conquistados, as coisas mudam. Me sinto menos ansioso agora, mas não estou mais nem menos confiante. Não tenho planos de parar. No final de novembro a gente já começa a pensar em 2001", disse.
"Não acho que a próxima temporada será mais fácil. Meus adversários não vão falar passa, campeão", completou Gil, bem-humorado.