Milão, Itália - O Milan ameaçou a Federação Italiana de Futebol (FIGC) de recorrer à Justiça, caso a entidade se oponha a que os cinco jogadores extra-comunitários do clube entrem em campo. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo site do Milan na Internet.
A ameaça - enviada logo depois de uma decisão judicial de quinta-feira em outro caso de emprego de jogadores de países de fora da União Européia - foi formulada mediante uma carta enviada à FIGC e assinada pelo diretor administrativo do Milan, Adriano Galliani, e pelos cinco jogadores envolvidos: os brasileiros Dida, Serginho e Roque Júnior, o ucraniano Andrei Shevchenko e o croata Zvonimir Boban.
"Lhes comunicamos que, a menos que aceitem rapidamente nosso pedido, os jogadores mencionados, que assinam esta carta, iniciarão ações legais diante das autoridades judiciais competentes", diz a carta.
O texto não menciona uma data precisa como limite para resposta ao pedido. A próxima partido do Milan no Campeonato Italiano será no próximo domingo diante do Atalanta.
O pedido surgiu depois que na quinta-feira um tribunal de Reggio Emilio decidiu a favor da inclusão do jogador nigeriano Ekong Prince Ikpe na equipe do Reggiana, que caiu para a terceira divisão. As regras dessa divisão proíbem a participação de jogadores extra-comunitários.
Esse fato abriu um precedente para que os jogadores da primeira e segunda divisões enfrentem judicialmente o regulamento que limita em três a quantidade de estrangeiros extra-comunitários por partida e em cinco os inscritos por um clube no campeonato.