Madri - Vestir a camisa nove da seleção argentina na decisão da Copa do Mundo de 2002 é o sonho de Gabriel Batistuta - que planeja deixar os gramados após cumprir seu contrato com a Roma (2003). O goleador, de 31 anos, tem um grande objetivo sonho: conquistar um título mundial para definitivamente coroar sua carreira.
“A Seleção representa muito para mim, vivo na Itália há muitos anos, mas cada vez me sinto mais argentino”, disse Batistuta, em entrevista ao jornal espanhol Marca. “Espero que na próxima Copa a equipe consiga uma campanha melhor, pois meu grande objetivo é disputar a final e ser campeão”.
O atacante garantiu, porém, que seu futebol é mais respeitado na Europa. Não só na Itália, onde atua há cerca de 10 anos. “Mas em todo o continente, quando se fala em Batistuta não existe discussão”, confirmou. “Na Argentina é diferente, nem todos me querem. Mas isto não me afeta, pois nunca quis ser um monumento nacional”.
E o jogador da Roma, contratado no início da temporada junto a Fiorentina por cerca de US$ 30 milhões, afirmou também que sua vida não se resume ao futebol. Uma chance de gol perdida ou, até mesmo, uma derrota não chegam a alterar o humor do atleta.
“Minha vida não é uma bola de futebol”, disse. “O futebol é uma parte importante, mas não tudo. Sou uma pessoa normal, com sentimentos. Sigo me emocionando com as pequenas coisas da vida, com os gestos de meus filhos ou um sorriso de minha mulher, por exemplo”.