O que pode acontecer a uma liga esportiva quando seu principal astro entra em desentendimento com os organizadores? Ainda parece cedo para dizer se alguém sairá perdendo. E quem. Mas Tiger Woods, que já é considerado o maior jogador de golfe de todos os tempos, não está satisfeito com Tim Finchen, que comanda o PGA Tour, a Liga Profissional de Golfe dos Estados Unidos.
Como declarou à revista Golf World, Tiger está muito irritado porque a Liga está usando sua imagem para seu próprio marketing e para promover empresas que não têm nada a ver com ele. Tão irritado que isso "pode gerar uma situação séria". Segundo o jogador, Finchen só lhe dirige a palavra para pedir que participe de algum torneio. "Ele só fala comigo quando quer que eu faça algo por ele. Nunca me pergunta como estou."
Bob Combs, porta-voz do PGA, garantiu que Tiger e Finchen têm bom relacionamento: "Estou confuso com isso. Em todos os torneios, Tim tem sido muito claro sobre a empolgação que Tiger injetou no golfe profissional. Obviamente, a Liga dá ouvidos a todas as manifestações de seus filiados. Tenho certeza que os dois terão oportunidade de discutir o assunto."
Pelo pai Mas pelo que Tiger contou de seu (bem superficial) contato com Finchen, esse otimismo não tem muita razão. Segundo a revista, as relações já estremeceram em 1999, quando a Liga não deixou o pai do golfista acompanhar uma competição na Inglaterra contra David Duval.
Desde então, Tiger tornou-se uma das maiores figuras do esporte mundial.
Neste ano, venceu nove torneios, sendo três majors, que fizeram dele, aos 24 anos, o mais jovem jogador a conquistar o Grand Slam. Em quatro anos, embolsou mais de US$ 20 milhões. Tem um contrato com a Nike que lhe garante mais US$ 100 milhões em cinco anos.
Hoje, Tiger começa a disputar o Valderrama World Championship, na Espanha, que pode lhe render mais US$ 1 milhão e o transformar no primeiro atleta do golfe a ganhar US$ 10 milhões em uma temporada. Além de Tiger, ninguém até hoje ganhou sequer metade dessa fortuna.