Curitiba - Mais do que o golaço marcado no empate contra o Goiás, com o drible seco em Sílvio Criciúma e uma bomba no ângulo direito de Harley, o atacante Kléber queria mesmo era a vitória do Atlético, que garantiria a classificação na JH.
“Foi um gol bonito, importante naquele momento, mas o que eu gostaria era de ter ganhado o jogo.”
Kléber diz que o gol sobre o alviverde goiano está entre os mais belos da carreira. “Aqui no Atlético, não me lembro de ter marcado outro igual. Quando jogava no Moto Clube, fiz um parecido, driblando os zagueiros e chutando para o gol”, disse.
Habilidoso, o atacante maranhense diz que procura sempre fazer a jogada mais plástica. “Não é sempre que dá para fazer a jogada bonita. Tento cumprir aquilo que o professor Lopes pede. Para mim, todos os gols são bonitos. Não importa se for de canela ou daqueles em que a bola bate no jogador e entra. O negócio é balançar a rede”, falou.
Kléber revela que sua habilidade com bola foi desenvolvida no futsal. “Sempre tive facilidade em tocar na bola. Na época, ainda era futebol de salão. Não cheguei a jogar profissionalmente, só brincava com amigos. Ali você aprende a dar o toque mais sutil e a jogar com elegância.”
Às vezes criticado pelo excesso de preciosismo e algumas firulas, o atacante atleticano garante que pratica um futebol objetivo.
“O professor Lopes quer que a gente jogue para frente. Ele quer ver os jogadores partindo para cima do adversário com a bola dominada. Ele sempre cobra muito isso”, afirmou.
Por causa da marcação cerrada dos zagueiros, Kléber passou a arriscar mais chutes de longa distância.
“Nem sempre a gente encontra espaço para jogar. Os adversários estão marcando em cima e o jeito é chutar de fora da área. Estou experimentando bater mais de longe.”
O companheiro de ataque no momento é Bentinho, mas Kléber afirma que atuar ao lado de Lobaton ou Rinaldo é igualmente prazeroso. “São grandes jogadores. O Lobaton e o Rinaldo têm muitas qualidades e o Bentinho é inteligente”, disse.