São Paulo - Com fotocópias da inscrição do atacante Cleber na Federação Paulista de Futebol e na CBF, o presidente da Portuguesa, Amilcar Casado, afirmou ontem no Canindé que não há nada de irregular na documentação do jogador.
"Nós compramos o seu passe do Coritiba, pagamos e o inscrevemos na FPF e CBF, onde não havia nenhum bloqueio para essa inscrição."
Cleber foi vendido pelo Mogi Mirim ao Mérida, da Espanha, em janeiro de 1998. Uma cláusula no contrato dizia que, enquanto o clube espanhol não quitasse o valor do negócio, US$ 2,5 milhões, o atleta não poderia ser vendido a nenhum outro clube. A Liga Espanhola afiançou a transação. O Mérida faliu e ficou devendo ao Mogi Mirim US$ 1 milhão. O Coritiba acabou adquirindo Cleber, que disputou o último campeonato paranaense.
Nesse espaço, o Mogi Mirim acionou a Fifa e a CBF para defender seu direito, mas, diante da falência do Mérida, as duas entidades não tiveram como intervir e arquivaram o pedido. "Se existe alguma irregularidade, já ficou bem para trás no tempo, entre o Mogi Mirim e o Mérida", diz o advogado José Luis Ferreira Almeida, vice-presidente de Comunicações da Portuguesa e do departamento jurídico do clube.
Não existe possibilidade de o clube do Canindé perder os nove pontos conquistados nos seis jogos em que Cleber atuou na Copa João Havelange, segundo Almeida. A denúncia de uma possível irregularidade na documentação do atleta foi levantada pelo diário esportivo Lance. "Estive ainda ontem (quarta-feira) com o presidente do Mogi Mirim (Wilson Fernandes de Barros) na FPF e ele sequer tocou no assunto", disse Casado.
"Soube dessa história hoje (ontem) e recolhi a documentação para provar que não há nada de irregular com o Cleber."