Vera Cruz - A Federação Mexicana de Atletismo, contrariada com as freqüentes desclassificações de seus atletas da marcha, propôs à federação internacional da modalidade (IAAF) 14 medidas, entre as quais a possibilidade de que os juízes da disciplina sejam submetidos a provas de aptidão física e mental. "Os juízes da marcha deverão realizar exames médicos oficiais para serem designados e atuar nas várias competições", diz a proposta de número sete enviada pela entidade mexicana.
O presidente da Federação Internacional de Atletismo, o senegalês Lamine Diack, mostrou-se propenso à abertura de um debate sobre a questão da marcha, e à introdução de novidades técnicas como a sapatilha luminosa que possa emitir um sinal todas as vezes que o atleta não tenha ao menos um de seus pés em contato com o solo. A polêmica em torno das desclassificações na marcha ganhou força nos Jogos Olímpicos de Sydney, quando o mexicano Bernardo Segura foi desqualificado após ter chegado na primeira colocação na prova dos 50 quilômetros.