Rio - A Fifa anunciou nesta segunda-feira que não pretende punir o Perugia, da Itália, por ter recorrido à Justiça para regularizar a documentação do jogador argentino Pablo Guinazu, para que ele pudesse atuar numa partida do Campeonato Italiano.
A Federação Italiana de Futebol comunicou o caso à Fifa, contando que um juiz italiano autorizou o jogador a atuar, mas a entidade máxima do futebol decidiu não reagir de imediato.
O juiz considerou que o jogador é um trabalhador como outro qualquer. Dessa forma, a Fifa não considerou ter o direito de punir o clube.
"A Fifa sabia que ele podia jogar e a Federação Italiana de Futebol deu a Fifa as informações corretas sobre o caso. Dada a situação, isso não podia ser evitado", afirmou Andreas Herren, assessor de imprensa da Fifa.
Guinazu estava impedido de atuar porque a Fifa considerou que a transferência do atleta do Newell's Old Boys para o Perugia não estava concluída, porque os dois clubes não tinham chegado a um acordo quanto ao valor da negociação.
O clube argentino pediu US$ 8 milhões (aproximadamente R$ 14,6 milhões), mas o Perugia queria pagar apenas US$ 750 mil (aproximadamente R$ 1,2 milhão), alegando que Guinanzu já tinha cumprido seu contrato com o Newells Old Boys quando se transferiu para a Itália.
Na semana passada, a Fifa considerou a transferência ilegal e deu um prazo até 29 de novembro para que os dois clubes entrassem num acordo, sob pena de mandar o caso ao seu Comitê Disciplinar.
Antigamente, a Fifa se caracterizava por punir as federações neste tipo de situação, mas desde que a Comissão Européia passou a fiscalizar as transferência de jogadores, a Fifa parece pouco disposta a entrar num confronto.