Por Luiz Augusto Neto e Vagner Magalhães
São Paulo - É bem verdade que o próprio Émerson Leão já havia dito que não conseguiria implantar o “futebol bailarino” na seleção já nesta partida contra a Colômbia. Mas, nesta terça-feira, o meia Rivaldo e o volante César Sampaio, dois dos mais experientes do grupo, deixaram claro que pouca coisa vai mudar em campo no que diz respeito à Era Wanderley Luxemburgo.
“O time deve manter a mesma linha que o Luxemburgo vinha utilizando, mesmo porque não dava para fazer algo diferente”, entregou Sampaio, referindo-se ao pouco tempo de treino.
“Ele está pedindo para a gente fazer o que vinha fazendo antes na seleção, realmente não dá para treinar algo de muito novo neste curto período de treinos”, confirmou Rivaldo. “O Leão não quer que ninguém invente, prefere que a gente faça o que sempre fez, inclusive nos clubes”, prosseguiu o meia do Barcelona.
Rivaldo dá a dica de como Leão e o grupo estão encarando o jogo desta quarta-feira.
“Temos que ganhar este jogo, será importante para começar com calma este novo trabalho na seleção. Para isso temos um grupo de jogadores que vêm bem em seus clubes, mantendo uma regularidade. Estamos todos confiantes.”
Sem dar tantas pistas, o atacante França confirmou que não percebeu muitas mudanças de um treinador para outro. “É pouco tempo para notar mudanças, precisamos esperar as próximas oportunidades”.
César Sampaio explicou que, assim como pedia Wanderley Luxemburgo, o novo treinador Émerson Leão lhe pediu para ficar mais plantado no meio-campo, incumbido exclusivamente da marcação. “Fico mais preso atrás, liberando o Vampeta”.
Já Edmundo deu mais esperanças a quem torce por muitos gols no Morumbi. O atacante do Santos explicou que ele, ao lado de França, Juninho Paulista e Rivaldo, devem se movimentar bastante no ataque.
“E sempre que a bola estiver para ser cruzada ao ataque, o Leão quer no mínimo três dos jogadores ofensivos dentro da área. Assim teremos muita chance de definir”, afirmou Edmundo.