Rio - O zagueiro português Abel Xavier está acusando sua equipe, o Everton, da Inglaterra, de ter se negado a apoiá-lo na tentativa de anular a suspensão de nove meses imposta pela Uefa após sua expulsão no jogo contra a França, pelas semifinais da Euro 2000, segundo informaram as agências internacionais.
O português recebeu o cartão vermelho por ter protestado de forma acintosa contra a marcação de um pênalti, convertido pelo francês Zinedine Zidane, em partida válida pela fase final da Eurocopa deste ano. O lance selou a vitória da França e a eliminação de Portugal. Xavier foi um dos jogadores que tentaram agredir um dos auxiliares, causando um grande tumulto, que encerrou a partida. Ele foi banido do futebol internacional até março de 2001 e já tentou suspender a sentença por duas outras vezes, sem sucesso. Outros dois portugueses envolvidos na confusão conseguiram reduzir suas punições.
Xavier expressou seu descontentamento ao jornal inglês "Liverpool Echo".
"Estou muito desapontado porque o Everton recusou-se a me representar. Quando cheguei ao tribunal e vi uma cadeira vazia ao lado da minha, me senti vulnerável e sozinho. Até os representantes da Uefa ficaram surpresos. Eu nunca vou esquecer essa atitude do Everton", disse o jogador.
O clube, no entanto, nega que esteja fazendo pouco caso da situação.
"Viajei com Xavier para a Suíça da última vez e até pagamos seus advogados", disse o dirigente Michael Dunford, garantindo que o clube está prestando toda a assistência necessária.
"Conversamos com os advogados e ficou decidido que não seria necessário acompanharmos Abel desta vez", explicou.
A Uefa vai anunciar o resultado da terceira apelação do português em duas semanas.