São Paulo - A definição do Parque Antártica como o local da primeira partida entre São Paulo e Palmeiras pelas oitavas-de-final da Copa João Havelange está encontrando resistência da Polícia Militar e também do São Paulo. A PM está preocupada com a questão da segurança dos torcedores.
No domingo, logo após a rodada indicar o cruzamento entre os rivais paulistas, o cartola palmeirense Américo Faria disse que o time se recusava a fazer duas partidas no Morumbi e queria realizar no Parque Antártica o jogo em que tivesse o mando de campo.
O tenente-coronel do 2º Batalhão de Choque, Jorge Augusto Rêgo, deve negociar quarta-feira com o presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi um auxílio no serviço de segurança.
Segundo o Major Marcos Marinho, subordinado direto do tenente-coronel, a PM não tem poder de vetar o estádio, mas pode se recusar a enviar seu efetivo para o Parque Antártica se julgar que o local não oferece segurança. No São Paulo, todos, inclusive o técnico Levir Culpi, admitem que o Alviverde terá vantagem se jogar em seu estádio, porque a pressão da torcida é maior.
Levir também se queixou da mudança de calendário. "Se nós pudemos jogar domingo, terça, quinta e domingo, não vejo porque o Palmeiras não poderia fazer o mesmo", diz o técnico do Tricolor. "Mas isso é coisa que quero deixar as pessoas que entendem de futebol resolver", disse Levir com uma ponta de ironia. O técnico diz que nenhuma decisão sobre o caso o surpreenderá.