Rio - A fórmula da Copa João Havelange, em que times de Primeira, Segunda e Terceira Divisão se encontram em fase eliminatória, poderá ser usada para a competição nacional de 2001. De acordo com oito dirigentes de federação, que se reuniram nesta segunda-feira no Hotel Luxor, no Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, o ideal seria um campeonato com 32 equipes em cada divisão.
Estiveram presentes no encontro Eduardo Vianna, do Rio de Janeiro, Weber Magalhães, de Brasília, Virgílio Elísio, da Bahia, Emídio Perondi, do Rio Grande do Sul, Delfim Peixoto, de Santa Catarina, Carlos Orioni, de Mato Grosso, e Pio Marinheiro, do Rio Grande do Norte, além de Ildo Nejar, da federação do Rio.
O aumento do número de equipes na Primeira Divisão - passando dos atuais 25 para 32 - foi justificado pela importância que alguns estados têm na renda dos jogos, mesmo sem ter times na elite do futebol brasileiro, casos de Pará e Santa Catarina.
”A Copa João Havelange está servindo como exemplo para 2001, pois a competição tem uma fórmula boa. A única questão a ser revista é a do rebaixamento, que é imprescindível”, afirmou Eduardo Vianna, que, assim como os outros dirigentes, quer que a CBF volte a organizar o campeonato nacional. A Copa João Havelange está sendo dirigida pelo Clube dos 13.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, está acompanhando o Mundial de Futsal na Guatemala, mas já adiantou que não tomará nenhuma posição até ouvir o que tem a dizer a Fundação Getúlio Vargas, que está organizando o seminário Plano de Modernização do Futebol Brasileiro e vai apresentar depois um diagnóstico do atual calendário.
O presidente da Federação do Rio garantiu que não foi discutido na reunião desta segunda-feira o assunto CPI, que ameaçou quebrar os sigilos bancário e fiscal das federações:
“Não discutimos isso. Não tenho medo de CPI, mas considero essa intervenção perigosa. A CPI não conseguiu trazer à tona nenhum fato novo. Tudo o que aparecer por enquanto é história para boi dormir.”